domingo, 27 de dezembro de 2009

O que é ser forrozeiro?

Queridos leitores,
daqui a algumas horas estarei a caminho do Rio de Janeiro, onde fico uns dias. Como não sei se vou ter muito tempo de acessar a internet por lá, quero deixar aqui minha última postagem deste ano. Em primeiro lugar, agradeço a todos pelo carinho, pelos comentários, pela força de sempre. Neste ano o blog cresceu muito, foi alvo de polêmica, gerou longos debates, mesmo que eu não tenha tido muito tempo pra atualizá-lo..
Bom, pra encerrar o ano, vou deixar aqui um texto curioso que achei há um tempo e coloquei no meu orkut. Não sei quem escreveu, mas com certeza foi alguém que entende de verdade o que é ser forrozeiro. Leiam e sintam como é bom ver uma definição correta dessa nossa paixão pelo forró.

FELIZ ANO NOVO A TODOS!!! E QUE 2010 SEJA CHEIO DE BOAS NOTÍCIAS...

O que é ser forrozeiro? (autor desconhecido)
"No dicionário nem existe a palavra forrozeiro. Inventou-se pra descrever:
Aquele que gosta de forró, que frequenta , que dança, seja bem ou seja mal,mas está presente pelo menos uma vez por semana... Só quem é forrozeiro sabe o real significado desta palavra. São como se fossem de uma raça...
Os outros dizem:
Olhem lá, são forrozeiros... Falando daquele grupo de pessoas despreocupadas com a aparência, que só pensam em se vestir de maneira que fiquem à vontade pra dançar. Nos pés, somente calçados que deem conforto, e se não der... Haaaaa, é só tirar e dançar descalço mesmo. As bolhas que virão depois nem incomodam!
Os amigos dos forrozeiros não entendem! - Mas como assim você vai pro forró de novo???? -Você só vai pro forró!!!! - Não acredito, mas você já foi semana passada e na anterior também!!!!
E você diz : - Então, faz muito tempo que não vou, fui na semana passada, olha que tempão esperei pra ir de novo!!!
Seus pais e irmãos nem acreditam que você já vai pro forró outra vez e você começa a dizer que não vai pro forró, que vai pra outra festa... Mas sua roupa não engana...eles sabem!!!
Seus amigos te chamam pra ir ao teatro, cinema...e você vai, mas depois vai pro forró! Tem um aniversário, uma formatura, e você diz: ai, hoje tenho outro compromisso,mas me espera que chego no forró mais tarde... Você leva outra roupa, troca no banheiro, mas não deixa de ir! Não se sabe dizer se é vício, mas se sabe
que é bom demais.
Se você está cansado, pensando em não ir, mas alguém te liga, você logo se anima...se arruma e vai! Vai até sozinho quando seus amigos não querem ir porque sabe que sempre vai encontrar alguém conhecido lá, pode até não saber o nome da pessoa, mas a considera sua amiga. Lá você esquece dos problemas, do trabalho, enfim, do mundo...e a única coisa que você quer é ouvir e dançar forró.
Lá as pessoas te entendem e todos já têm uma simpatia mútua antes mesmo de se conhecerem simplesmente pelo fato de saber que o outro também é forrozeiro! E quando você encontra outro forrozeiro em algum lugar que não seja forró...qual é o assunto
predominante??
Não tem jeito, no forró você se apaixona, desapaixona, apaixona de novo...você nem consegue pensar na possibilidade de namorar porque senão vai ter de parar de ir ao forró...
Como já ouvi dizer antes:
"E ela me disse: ou eu ou o forró...então toque xote sanfoneiro..." Não dá pra
competir com o forró...é uma coisa que pega em você e não te larga mais!
Você não troca o forró por nada, pode no máximo adiar um pouco, mas trocar, jamais! Você pode passar um tempo sem ir, mas depois volta. Dá uma saudade, uma coisa impressionante!
As pessoas de lá são simples, tranquilas... Forrozear é uma terapia, sendo que ao invés de você pagar 50 reais por uma hora de agonia...você paga dez vezes menos por 6, 7 horas de alegria... então, vamos pro forró galera!!!!!!!"

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Raízes do Sertão no Arena, SEXTA


Nesta sexta-feira, dia 25/12, haverá uma edição especial do Arena do Forró. Além do forró de Natal, será uma homenagem ao Raízes do Sertão, que venceu o Festival de Forró de Ilha Grande (RJ) na última semana. Peninha Vieira também fará apresentação.

Todo mundo que foi pra Ilha Grande prometeu que estará lá. Com certeza, como diz o Rogerinho, o Arena "vai tremer!"

Serviço:
Acesse o site www.arenadoforro.com.br, inclua seu nome na lista de bônus e pague apenas 10 reais no ingresso, ou envie um e-mail para lista@arenadoforro.com.br com nome e sobrenome de todos os que você desejar incluir na lista de bônus também.
Informações 9982-01213

No dia 1 de janeiro - sexta-feira - o Trio Araçá vai lançar novo CD no Arena do Forró, prepare-se.

Mais uma vitória do Raízes do Sertão

Como já disse aqui no último post, o Raízes do Sertão foi o grande vencedor do 2º Festival de Forró Pé-de-Serra de Ilha Grande no último fim de semana. Quem estava lá viu como foi lindo ver os meninos chorando lá em cima do palco quando receberam o troféu - um trio de cactos tocando forró, feito de bisquit. O Vavá foi indicado ao prêmio de melhor sanfoneiro, o Zé Carlos (Lacraia) ao de melhor zabumbeiro e o Rogerinho ao de melhor intérprete - e foi ele que levou o título. Pouco depois, anunciaram a melhor caravana. Não tinha nenhuma outra realmente organizada, então, não tinha pra mais ninguém. Mesmo em número reduzido, os brasilienses gritaram, pularam e empolgaram todo mundo. Algumas pessoas chegaram a nos dizer que nós "salvamos" o festival com nossa animação e, claro, com tantas mulheres lindas que levamos.

Até aí todos estavam felizes, mas bastante ansiosos. Já era manhã de domingo quando o resultado principal foi anunciado pelo Lelei. Infelizmente muita gente tinha ido dormir. Mas alguns de nós estávamos lá, abraçados, esperando com uma boa dose de esperança ouvir o nome do grupo vencedor. O termo Raízes do Sertão naquela hora pareceu uma bomba nas costas dos meninos. Rogerinho e Carlinhos quase desmaiaram, o Vavá e o Lacraia só sabiam rir; demorou a cair a ficha. Pouco depois, lá estavam eles no palco, abraçados.

O discurso do Rogerinho não poderia ser mais apropriado. No lugar de palavras elaboradas e agradecimentos sem fim, ele simplesmente cantou:
"Pra chegar nessa festa tão linda
Só Deus sabe o que já passei
Já rasguei o couro do zabumba
A sanfona já desafinei
Joguei minha sorte na estrada
Andei na poeira, no sol
Já cantei, já sofri, já chorei
Tudo só por amor ao forró"

Nada poderia ser mais verdadeiro. Facilidade e moleza definitivamente são palavras que não estão no vocabulário dos meninos do Raízes. Eles já passaram por tanta coisa que é difícil listar. Na última semana, por exemplo, eles quebraram o carro subindo um morro no Rio de Janeiro. E essa é a mais leve. Leiam dois textos que escrevi sobre eles quando voltaram de Itaúnas este ano e no aniversário de 3 anos. Lá contei um pouco da trajetória deles. De qualquer forma, 2009 foi um ano lindo pro Raízes. Passaram mais ou menos conhecido só em Brasília para vice-campeão do Festival de Itaúnas, campeão do de Ilha Grande e requisitado nos forrós do país inteiro. 2010 promete ser ainda melhor. São eles que estão organizando o primeiro festival de forró pé-de-serra de Brasília, o Cerrado Roots, no carnaval. Alguém duvida que vai ser um sucesso?

Aos meninos do Raízes do Sertão, meu carinho, minha admiração e o desejo de que a estrela de vocês brilhe cada vez mais, sempre com muita humildade e "alegria, alegria, alegria".

(Leiam o próximo post sobre a comemoração dos meninos aqui em Brasília nesta sexta)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Raízes vence o Festival de Ilha Grande!

Pessoal, últimas notícias de Ilha Grande (RJ):
O Raízes do Sertão (DF) é o grande vencedor do Festival de Forró Pé-de-Serra de Ilha Grande!!!
O Rogerinho ganhou também o título de melhor intérprete.
Em segundo lugar: Trio Cabaceiras (RJ)
Terceiro: Maurício Paraxaxar (RJ)
E tem mais: Brasília levou PELA SEGUNDA VEZ o título de melhor e mais animada caravana do festival. O detalhe é que veio somente um microônibus com 17 pessoas e um casal à parte.
Agora digam se Brasília está ou não preparada para ter seu próprio festival! Cerrado Roots 2010! não percam.
Breve mais informações.
Agora estamos nos organizando para voltar a Brasília. Depois conto mais...
Beijos,
--
Adriana Caitano

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Balalaica grava DVD

Na próxima sexta-feira (18), às 22h, a banda Balalaica vai gravar um DVD Ao Vivo no Clube do Rocha (Setor de Clubes Sul, trecho 2). Os ingressos já estão à venda pelo telefone 92979690. O lote inicial será nos seguintes valores:
Pista: R$10,00
Camarote - Open Bar: R$50,00
Informações no site http://www.balalaica.com.br/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Santanna não vem este ano mais

Pessoal, veio a informação oficial: não vai mais ter show do Santanna no Arena, pelo menos neste sábado. A apresentação foi adiada para janeiro de 2010, para dar tempo de resolver os problemas técnicos que o Arena está passando. Eu explico.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), órgão do governo local que cuida do meio ambiente, notificou alguns clubes do Setor de Clubes Sul por causa do som. Após diversas reclamações dos moradores das embaixadas, o GDF estipulou um limite de decibéis para as músicas dos shows. Como muitos perceberam, é praticamente impossível ouvir o cantor e os instrumentos com esse limite. Então, o Arena do Forró preferiu não organizar um evento de tão grande porte sem uma estrutura básica ou correr o risco de levar multa. Ainda assim, o show do Trio Alvorada (SP) desta quinta (10) está de pé.

E não se esqueçam de que tem show da Elba Ramalho de graça na Esplanada no domingo, Dia Nacional do Forró. Relembrem as outras atrações aqui.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Bandas selecionadas para o Festival de Ilha Grande

Atenção para os selecionados para o Festival de Forró de Ilha Grande. Os que não comento é porque ainda não conheço:

Trio TALARICO (RJ)
RAIZES DO SERTÃO (DF - 2º lugar no Festival de Itaúnas 2009)
PARAXAXAR (RJ - finalista do Festival de Itaúnas 2008)
COISA DE ZÉ (SP - Veio a Brasília há pouco tempo e arrasou)
MARIA FILÓ (RJ)
Trio SANHAÇO (RJ)
BEIJÚ TEMPERADO (RJ)
CABACEIRAS (RJ - foi o trio revelação do mesmo festival em 2008, ganhou ainda como melhor música)
MARCIA GUZZO (RJ)
SÓ SEMENTE

As apresentações serão dia 17 e 18, reapresentação dia 19.

Lembrando que as outras atrações confirmadas são:
Flávio José
Cezinha e Elba Ramalho
Trio Nordestino
Duani e banda
Trio Araripe
Trio Juazeiro
Trio Forrozao
Trio Xamego
Mestre Zinho
Mariana Mello
Forró Comichão
Trio Candieiro
Trio Rapacuia

Excursão saindo de Brasília e mais informações sobre o festival, clique aqui.

Vamos lá torcer mais uma vez pelo Raízes!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dia Nacional do Forró comemorado em grande estilo em Brasília




Brasília terá um fim de semana inteiro de homenagem a Luiz Gonzaga no Dia Nacional do Forró, 13 de dezembro


Esta história imagino que todo forrozeiro saiba. Mas preciso reforçar:

No dia 13 de dezembro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Forró, data de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O velho Lua, como também era conhecido, nasceu em Exu – Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Quando era criança, aprendeu os primeiros acordes de sanfona oito baixos com o pai, Seu Januáiro. Mais tarde, Gonzagão foi o responsável por difundir ritmos nordestinos pelo Brasil e criar outros. Graças a ele, hoje o forró é conhecido em todo o mundo. Mesmo após sua morte, em 1989, jovens brasileiros continuaram a seguir o legado deixado pelo rei. Com isso, surgiu o movimento pé-de-serra e bandas que resgatam as raízes do gênero.
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Bem, ao que tudo indica, Brasília terá, pelo menos, dois dias de bons eventos em homenagem ao aniversário do velho Lua neste ano. O primeiro, ainda não 100% confirmado (por problemas técnicos e burocráticos), é o show do Santanna, o Cantador (saiba mais sobre ele aqui. Se tudo der certo, será no Arena, dia 12, sábado, às 21h (prometo que confirmo a vocês até domingo).

O segundo é uma boa novidade. Um dia inteiro de forró na Esplanada dos Ministérios, de graça! É o projeto Forró Bodó. Em julho, fui procurada pela produtora desse evento, uma pernambucana muito gente fina que queria fazer uma grande homenagem a Luiz Gonzaga no dia do aniversário dele. Me pediu indicação de trios, sugestões, disse que queria somente forró pé-de-serra de verdade. Fiz tudo o que pude, emprestei DVDs, CDs e tudo o mais. Agora, enfim, ela me passou a programação definitiva do projeto, com escolhas baseadas na pesquisa que ela fez por aí...

Abaixo, release feito pela assessoria do evento:

Um dia inteiro em homenagem ao Forró
Projeto comemora o Dia Nacional do Forró (13 de dezembro) com show de Elba Ramalho e mais oito atrações. A entrada é gratuita


O Projeto FORRÓ BODÓ traz uma série de apresentações em comemoração ao Dia Nacional do Forró, data festiva criada em homenagem ao rei do baião Luiz Gonzaga, dia 13 de dezembro, a partir das 9h. Brasília será palco de um grande evento que homenageará Luiz Gonzaga, com apresentação de trios de forró e grande show com Elba Ramalho, na Esplanada dos Ministérios. A estrutura conta ainda com praça de alimentação com comidas típicas nordestinas.

A festa terá a participação dos característicos trios de forró, casais de dançarinos, a sonoridade candanga da banda Pé de Cerrado, Marcos Farias, Caranova e muito mais em um dia inteiro de forró. E para finalizar, Elba Ramalho, completando 30 anos de carreira e celebrando mais de 6 milhões de discos vendidos.
13 de dezembro: A data é em homenagem a Luiz Gonzaga, por isso foi escolhido o dia de seu nascimento. Foi instituído pela Lei nº 11.176, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de setembro de 2005.

Atrações:
- Palco principal
*Elba Ramalho e Cezinha do Acordeom
*Pé de Cerrado
*Marcos Farias (filho da Marinês e do Abdias, afilhado do Gonzagão)

- Palco dos trios (todos que vivem em Brasília)
*Caranova
*Nivaldo do Acordeom
*Os Brasas do Nordeste
*Os Cobras do Baião
*Paulinho do Forró
*Trio do Nordeste

Serviço
Forró Bodó - Trios de forró e show com Elba Ramalho
Local: Esplanada dos Ministérios
Horários:
A partir de 9h - Trios de forró se revezando em dois palcos + Praça de alimentação com comidas típicas nordestinas
A partir de 17h – Shows com Pé de Cerrado, Marcos Farias e Elba Ramalho
Entrada gratuita
Livre para todos os públicos
Informações: (61) 3032 4635


SERVIÇO DO SHOW do Santanna (a confirmar):
Comemoração ao Dia Nacional do Forró - show com Santanna, o Cantador
Data: 12 de dezembro, sábado
Horário: A partir de 22h
Local: Arena Futebol Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 3, em frente à AABB)
Ingressos: R$ 20
Classificação Indicativa: 18 anos
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br

Reveillón em Itaúnas!

Pode parecer que está longe, mas falta menos de um mês para o fim de 2009. E tradicionalmente muitos forrozeiros passam a virada naquele que ainda é o grande paraíso do forró: Itaúnas.
Acho que não é preciso explicar muito sobre a pequena vila do Espírito Santo que é ponto de encontro entre amantes do bom e velho pé-de-serra há um bom tempo. Basta ver que a maioria das histórias contadas nos comentários do post "Como o forró surgiu na sua vida?" faz referência a Itaúnas como o marco inicial dessa história de amor que envolve a todos nós. Mas quem não conhece a vila ainda pode ler bastante a respeito em um texto que postei em julho. Leia aqui.

Bem, como de costume, tem excursão saindo de Brasília, organizada pelo Rogerinho do Raízes do Sertão, junto com um pessoal de BH. As informações básicas são as seguintes:

Saída 27/12, às 9h // retorno 03/01, às 10h
Os preços variam entre R$ 675 e R$ 777, dependendo da pousada e da forma de pagamento. Todos os pacotes incluem café-da-manhã, almoço, um churrasco na pousada e transporte em ônibus de luxo.

Mais detalhes com o Rogerinho: 61 9553 4886 / 61 3359 4522 ou eleganceheventos@hotmail.com
ou ainda no site Viaje para Itaúnas

Boa viagem a quem for!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Por Amor ao Forró concorre a Festival do Iesb!

CORREÇÃO: O HORÁRIO CORRETO DA APRESENTAÇÃO DO FILME É 16H, NÃO 19H.
NO MESMO LOCAL.
ABRAÇOS!!

Olha que bacana: no dia em que a apresentação do filme Por Amor ao Forró completou um ano (ontem, dia 2) recebi uma boa notícia. Ele foi selecionado para competir no Festival de Cinema Universitário do Iesb, que começou nesta semana.

Portanto, se houver alguém que ainda não conseguiu assistir ao filme feito por mim e pelo Galton Sé no ano passado, como projeto final do curso de Jornalismo, terá a chance de ver uma versão um pouco reduzida no Cinema do IESB - 613 sul, neste sábado, às 16h.
Confiram a programação completa no site do Iesb .

Com ou sem polêmica, só de poder mostrá-lo mais uma vez a um grande público estamos bem felizes.

domingo, 29 de novembro de 2009

E eu com isso?

Peço licença para falar rapidamente de um assunto que pode não ter nada a ver com forró, mas tem a ver com Brasília:

Muita gente não percebeu, mas, desde sexta-feira, paira no céu brasiliense uma nuvem negra de incertezas, dúvidas, denúncias e intrigas. Não sei quem está certo ou errado, não quero fazer juízo de valor nem levantar bandeiras. Mas é preciso que todos que vivem nesta cidade ou aqueles que se importam de alguma forma com o futuro do país prestem bastante atenção no que está acontecendo na capital.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta uma operação chamada Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de distribuição irregular de recursos do Governo do Distrito Federal a deputados e aliados políticos. Não caiam na roubada de pensar "não tenho nada com isso", nem saiam apontando o dedo sem entender do que se trata. Informem-se sobre o assunto nos sites, na tv, no rádio, nos jornais, e tirem suas próprias conclusões (sugiro pelo menos o site do IG, o Blog da Paola e a Agência Brasil).

Da minha parte, peço apenas que leiam a crônica da jornalista Conceição de Freitas que saiu hoje no Correio Braziliense. Sem citar nomes, ela nos lembra o quanto o poder na mão de um homem, qualquer um, de qualquer partido, pode ser perigoso. Vale a pena refletir:

Invadindo consciências

Por Conceição Freitas
conceicaofreitas.df@dabr.com.br

O anjo obsessivo e sábio cantou a pedra desde o começo: Em Brasília, não há inocentes. Somos todos cúmplices, citação de Nelson Rodrigues que já repeti neste pé de página uma meia dúzia de vezes. Não houve melhor definição do que é a Brasília capital do poder.

Delfim Neto disse a mesma coisa de outro modo, em depoimento a Ronaldo Costa Couto, no Brasília Kubitschek de Oliveira, também aqui reproduzido em outras ocasiões: “Brasília virou uma corte. Brasília é um a sociedade endogâmica, que casa entre si os seus filhos. Vai ser muito difícil arejá-la, porque todo mundo é parente. Eu aprendi: aqui, em nenhuma mesa de almoço ou jantar você pode falar mal de alguém. Sempre que você está conversando com um sujeito, ele é um primo, um irmão, um sobrinho, um cunhado, um amigo da amante de alguém…”

Brasília é um ovo. O poder concentrado entre dois eixos cruzados em cruz e abraçados por um lago artificial, afastado do restante do país por léguas e légu as de cerrado, facilitou as tramóias, deu passe livre para a corrupção.

Vivemos em casas geminadas com o poder. Tão próximo, tão sedutor, tão irresistível, o poder transborda os seus limites e vai invadindo consciências, alterando valores, iludindo os bem intencionados, pavoneando todos os que não se contentam com nada que não seja tudo. O poder está à mão, ao telefone, o poder está na casa do vizinho, nas festas megalomaníacas, nas facilidades oferecidas com um sorriso cordial, na tro ca de favores que põe todos na roda.

Doce ingenuidade a de Juscelino, Sayão, Lucio e Oscar. Juntaram os brasileiros num só território, entremearam a Nação a partir de seu ponto mais central, mas inventaram uma cidade administrativa que isolou o poder — esse instrumento que precisa ser vigiado ininterruptamente. O melhor dos homens piora quando ganha poder. É preciso ter domínio sobre as próprias fraquezas para ser poderoso sem se perder no poder.

Brasília foi construída na lâm ina cortante das contradições. Ela existe porque o Estado assim o quis, mas nasceu do desejo de mudar as relações sociais. De aproximar ricos e pobres, de dar aos dois as mesmas condições de vida na cidade.

Nasceu para ser exclusivamente a sede do poder federal, espécie de cidade proibida. Ilhada em imensos vazios, virou-se contra os ideais que a fundaram. Terra de ninguém, lugar de forasteiros, Brasília passou a ser, desde o começo, o território de quem quer se dar bem. À exceção da meia dúzia de idealistas que veio para a invenção de Juscelino apostando num projeto de mudança de mundo, toda a gente que aqui aportou veio em busca de prosperidade. Bastante legítimo, mas a cidade isolada era (e continua sendo) perigosamente permissiva.

Em Brasília, todos somos cúmplices. O caldo sedutor do poder avança pelas frestas das consciências, atordoa princípios, estimula ambições, deteriora princípios. Transforma todos em iguais, iguala todos por baixo. Não é fácil escapar dessa trama."

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Trio Juazeiro nesta quinta é imperdível!!!

Tô sem tempo, mas preciso registrar uma coisa importante:
Não percam o Trio Juazeiro no Arena nesta quinta-feira. É o trio mais antigo com a mesma formação do país!
Apesar de velhinhos, eles são superanimados e só têm pedrada!
Vale muito a pena!!!
tá dado o recado!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

2º Festival de Forró de Ilha Grande - tem excursão de Brasília

Sei que demorei para dar detalhes sobre o 2º Festival de Forró de Ilha Grande. Mas trago informações quentinhas e completas para todo mundo que quer passar 5 dias no novo paraíso do forró brasileiro.

Começo desta vez pelas atrações. De acordo com a organização do evento, apesar de não estar ainda no site, está confirmada a presença de Elba Ramalho e Cezinha do Acordeon no festival. Além deles, estarão também:
Flávio José
Trio Araripe
Trio Forrozão
Mestre Zinho
Duani
Filhos do Nordeste
Trio Nordestino
Trio Juazeiro
Trio Xamego
Forró Comichão
Trio Rapacuia
Trio Candieiro
DJs - Xeleléu e Edna Carvalho

Mas, como o festival é competitivo, haverá muitas outras bandas por lá... Quem quiser acompanhar a programação, inscrever um trio ou uma banda, ver fotos e ficar com muita vontade de ir, acesse o site www.forronailhagrande.com.br


Só pra dar mais água na boca:

Ilha Grande faz parte do município de Angra dos Reis (outro paraíso) e é a maior ilha do litoral sul do Rio de Janeiro (tem o mesmo tamanho de Aruba, no Caribe). Comporta uma pequena cidade que tem dois shoppings - um é comercial e outro com marina para veleiros, barcos e lanchas. Da natureza nem é preciso falar, só vendo as fotos (praia, trilhas, muito verde...).

O povo do local nutria uma paixão pelo forró e tinha duas casas destinadas a esse ritmo, mas parece que isso está um pouco esquecido. O objetivo do festival é exatamente alavancar o forró de novo por lá. A primeira edição foi em 2008 e revelou talentos como Trio Rapacuia, Trio Candieiro e Mariana Mello. Todo mundo que foi adorou (eu não pude ir, mas neste ano não perco por nada).

E tem mais. O filme POR AMOR AO FORRÓ será exibido no festival!!

E é claro que Brasília vai levar excursão mais uma vez. No ano passado, a Rootstur levou um ônibus e a galera ainda conquistou o título de caravana mais animada.
Em 2009, vamos ao bicampeonato!

Então, nada de perder tempo: forró + praia + verão + férias = fechar 2009 com chave de ouro!!!

Informações Rootstur -
Excursão para o 2º Festival Nacional de Forró de Ilha Grande (RJ)
16 a 20 de dezembro

Está incluso no pacote: Transporte em onibus Semi-Leito DD, Hospedagem, Traslado angra-ilha-angra, ingressos para o festival e passeio de lancha*.

Saída: 15/12 Terça-Feira
Embarque às 14h/ saída às 15h

Retorno: 20/12 Domingo
Embarque às 13h
Chegada em brasília 21/12(segunda-feira), 10h


Onibus Double Decker - Semi Leito (o mesmo onibus de Itaúnas)
Detalhes:
http://www.rapidogirassol.com.br/

Translado Angra dos Reis - Ilha Grande
Detalhes:
http://www.ilhagrande.org/Catamara-Ilha-Grande

Opções de Hospedagem:

Camping:
Total: 570,00 à vista (até 15/nov)
600,00 (3 x 200,00 - out/nov/dez)

Detalhes do Camping (Localização, estrutura, serviços):
http://ilhagrande.org/cantinhodailha


Pousadas

Alfa:
São 7 Apt de Casal:
Total: 680,00 à vista (até 15/nov)
705,00 ( 3 x 235,00 - out/nov/dez)

São 8 Apt Triplos:
Total: 640,00 à vista (até 15/nov)
660,00 por pax (3 x 220,00 - out/nov/dez)

Detalhes da Pousada (Localização, quartos, serviços etc):
http://ilhagrande.org/alfa

MAR AZUL:

3 Apt de Casal:
Total: 760,00 à vista
780,00 (3x 260,00 - out/nov/dez)

1 Apt Triplo:
Total: 708,00 à vista
735,00 (3x 245,00 - out/nov/dez)

Detalhes da Pousada(Localização, quartos, serviços etc):
http://ilhagrande.org/marazul

Passeio de Lancha* :
A Rootstur está organizando um passeio para conhecer toda a ilha, com uma lancha rápida, o passeio começa às 9h e termina às 17h30, passando pelas melhores praias, são 10 pessoas na lancha, quem tiver interesse, pode imbutir o valor do passeio no pacote da excursão, 180 reais ( 3 x 60,00 out/nov/dez).
Obs: Apenas 10 Vagas!!!!

Existem outros passeios de barco/scuna que você conhece em média 4/5 praias e demora muito esse translado, e os preços variam de R$ 40,00 a R$ 65,00, dependendo do percurso escolhido.

Mais informações sobre passeios:
http://www.ilhagrande.org/Barcos-Passeio

Contato: Cristiane - (61) 9289-6243 / Laylson - (61) 8152-5636
Msn: roots.tur@hotmail.com / skype: roots.tur

Forró tipo exportação - Cacai e gupo na África e na França

Nesta semana, quatro músicos conhecidos de Brasília e dos forrozeiros embarcam para uma pequena turnê internacional bem importante. Cacai Nunes (violão), Juninho Ferreira(sanfona), George Lacerda (percussão e voz) e Vavá Afiouni (baixo) foram convidados pelo Itamaraty para apresentações na África e na França.

Só pra refrescar a memória de alguns, o Cacai é também DJ de forró pé-de-serra de vinil, um dos maiores colecionadores de discos antigos de música nordestina do país. Durante mais de 3 anos ele comandou o Forró Lorota Boa, no Calaf. Fez parte também da Banda Lorota Boa, que tocava toda quarta no forró de mesmo nome. OGeorge Lacerda era o vocalista do grupo e o Vavá fazia parte também. O Juninho praticamente dispensa apresentações. Sanfoneiro e vocalista do Trio Balanceado (que, digamos, está de férias, por enquanto), terceiro colocado no Festival de Itaúnas em 2008, hoje ele toca vários estilos com vários grupos.

O show do quarteto na mini turnê terá dois formatos diferentes. No primeiro, todo instrumental, eles mostrarão músicas lançadas no Cd do Cacai O Avesso, de 2006, choros de Chiquinha Gonzaga e Jacob do Bandolim e baiões de Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon e Hermeto Pascoal. No segundo, o percussionista George Lacerda assume
os vocais e o grupo apresentará um repertório de forró pé-de-serra, com músicas
de Luiz Gonzaga, Marinês e Jackson do Pandeiro.

A agenda deles lá é:
27 e 28 de novembro – Feira Internacional de Bamako – Bamako, Mali

30 de novembro – Maison du Brésil - Paris, França - http://www.maisondubresil.org/

01 de dezembro – Favela Chic Paris - Paris, França - http://www.favelachic.com/paris/

Só nos resta desejar boa sorte e boa viagem ao grupo!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Forrozeiro no Festival de Cinema de Brasília

Quem pensa que forrozeiro só quer saber de forró, está um pouco enganado. Forrozeiros são também advogados, enfermeiros, médicos, estudantes, jornalistas e até cineastas. É o caso do amigo e exímio dançarino Bruno Torres. quem costuma ler o caderno de Cultura do Correio Braziliense já deve ter reparado que ele é figurinha fácil por lá. Tem gente que o encontra no forró, quase disfarçado, e nem sabe que ele é super vip no mundo cult da cidade e do país.

Prova disso é que o Bruno participa duplamente do Festival de Cinema de Brasília de 2009, um dos mais importantes do Brasil. Do filme "A Noite por Testemunha", ele é diretor, produtor e roteirista. O curta é uma livre adaptação do episódio que chocou o país em abril de 1997, quando jovens da capital atearam fogo em um índio que dormia em uma parada de ônibus. No longa "O Homem Mau Dorme Bem", Bruno é ator; o diretor é Geraldo Moraes. Os dois filmes estão competindo a prêmios no festival. Quem quiser ver os traillers, acesse o site da produtora da qual ele faz parte.

O curta "A Noite por Testemunha" passa no domingo, dia 22, às 20h30 e às 23h30, no Cine Brasília, na segunda, dia 23, às 18h e às 20h30, no CCBB, e na terça, às 19h e às 21h30, no Cinemark Pier 21.
O filme "O Homem Mau Dorme Bem", passa no sábado, dia 21 de novembro, às 20h30, no Cine Brasília, no domingo, às 18h e às 20h30 no CCBB, na segunda, às 19h e às 21h30, no Cinemark Pier 21.

Para ver a programação completa do festival, entre no site do festival.

Vamos torcer pelo nosso amigo e companheiro de forró?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Programação da semana

Pra ficar o registro:
nesta quinta-feira tem Trio marrom no Arena
Sexta tem Forrobodó e Trio lampião no Ispilicute
Domingo, Forró Lunar no Caribeño

depois explico direito....

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como o forró surgiu na sua vida?

Queridos 43 seguidores e prováveis leitores,
desculpem-me pelo sumiço, prometo que vou voltar a postar com mais frequência em breve.

A ideia do post de hoje surgiu durante o show do Dominguinhos no dia 7 de novembro no Arena. Eu estava esperando o show começar, lá pertinho do palco e ouvi uma conversa atrás de mim entre forrozeiros, como boa jornalista curiosa. A única frase que ouvi com clareza chegou a mim como uma daquelas lâmpadas que aparecem nos personagens de desenho animado quando eles têm alguma ideia. "Você já parou para pensar como o forró surgiu na sua vida?", questionou aos colegas a forrozeira Amanda Vasconcelos. Eu me virei, perguntei o nome dela e disse que aquilo ia parar no blog. Acho que ela não entendeu muito bem, mas deixou eu usar a frase, desde que citada a fonte.

Então, caros leitores, resolvi curiar a vida de vocês. Quero saber como o forró surgiu na sua vida. Para incentivar a participação de todos, começo dando o exemplo e, de forma beeeem resumida, conto minha história.

Ouvia Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença e Elba Ramalho desde pequena em casa. Tive o CD do Falamansa e do Rastapé. Mas virei forrozeira mesmo só em julho de 2007. No início do ano, depois de meses dançando salsa, resolvi fazer aula de forró na UnB. Aprendi uns passinhos básicos e comecei a querer mais. Fui mais vezes ao forró, comecei a baixar músicas, enfim. Um dia, fuçando no orkut, descobri que existia um tal de Festival de Forró de Itaúnas. Um lugar bonito, na beira da praia, onde haveria um monte de gente que gostava de forró. Resolvi arriscar, literalmente. Sem conhecer uma só pessoa da excursão, paguei pra ver, mesmo sozinha e morrendo de vergonha. No ônibus, a caminho do paraíso, colocaram uma gravação velhíssima da Marinês cantando "Desabafo". Vi que eu era um peixe fora d'água porque nunca tinha ouvido aquilo, enquanto todo mundo cantava junto. Achei lindo aqueles jovens curtindo uma coisa tão antiga e simples. Considero que, a partir daquele momento, passei a ser oficialmente uma forrozeira! o resto é história, muita história. E, por acaso ou não, a música "Desabafo", gravada pela Marinês, é o toque do meu celular hoje...

Agora é com vocês. Coloquem suas histórias nos comentários!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Também tem Elba Ramalho e Quinteto Violado neste FDS!!

Pra não dizer que não falei de outros eventos com forró deste fim de semana:
Sábado, às 18h, tem Elba Ramalho de graça na Terceira Avenida, ao lado do colégio CNB, no Núcleo Bandeirante pelo Projeto Cultura nas Cidades. Além de Elba, outras quatro atrações completam a programação, as bandas Resultantes, Cálida Essência, Santa Cecília e Glênio Rossi.

Também sábado, a partir das 17h30, shows de Dudu Maia, Paulinho (com participação do Mel da Terra),grupo Calango Cyber (com o espetáculo Vida de Calango), Wado e Quinteto Violado na Ecovila montada na sede do Ibama (perto do Centro Olímpico da UnB). Entrada franca.

Depois, corram para o show do Dominguinhos no Arena, hein!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dominguinhos lança primeiro DVD Ao Vivo no Arena!

No dia 7 de novembro, Dominguinhos volta a Brasília para lançar o primeiro DVD Ao Vivo de seus 50 anos de carreira. A gravação foi feita no dia 13 de dezembro de 2008, Dia Nacional do Forró, em Nova Jerusalém (distrito de Fazenda Nova-PE), maior teatro ao ar livre do mundo. O vídeo acaba de chegar às lojas e já foi lançado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Agora é a vez da capital do país relembrar os clássicos do maior representante do forró pé-de-serra no palco do Arena do Forró, tradicional ponto de encontro dos amantes do estilo de Brasília, onde Dominguinhos já se apresentou várias vezes nos últimos 5 anos. Haverá ainda a participação do grupo brasiliense de pé-de-serra Raízes do Sertão.

Na noite anterior, sexta-feira, dia 6, Dominguinhos fará uma noite de autógrafos no restaurante Fulô do Sertão, na 404 Norte, a partir de 20h, quando músicos da cidade vão lhe prestar uma homenagem. Couvert: R$ 10. Classificação: Livre

SERVIÇO DO SHOW:
Dominguinhos - lançamento do DVD Ao Vivo
Participação: Raízes do Sertão (DF)
Data: 7 de novembro, sábado
Horário: A partir de 22h
Local: Arena Futebol Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 3, em frente à AABB)
Ingressos: Antecipados e no dia até 23h - R$ 20 / No dia do evento depois de 23h - R$ 25
Classificação Indicativa: 18 anos
Informações: 9982-0123 / 8162-8300 ou www.arenadoforro.com.br

Pontos de venda:
Tartaruga Lanches (714/715 Norte);
Fulô do Sertão (404 Norte);
Loc Vídeo (104 Sul);
Pizzaria Dom Bosco (Sudoeste e Taguatinga);
Bar Piauí (403 Sul);
Arena Futebol Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 3)

DVD DOMINGUINHOS AO VIVO (por Adriana Caitano)– Participação de Elba Ramalho, Renato Teixeira, Waldonys, Jorge de Altinho, Liv Moraes, Guadalupe e Cezinha do Acordeom (por Adriana Caitano):

A escolha do lugar para a gravação do DVD foi estratégica. O teatro iluminado e pomposo onde todos os anos é representada a paixão de Cristo ficou ainda mais cheio de brilho quando, naquele 13 de dezembro, surgiu uma figurinha emblemática da música brasileira vestido de chapéu de couro e gibão e com uma sanfona a tiracolo. Qualquer semelhança com Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, é pura homenagem. Afinal, o Dia Nacional do Forró foi criado porque é o dia do nascimento do velho Lua.

Durante as duas noites que resultaram no DVD, Dominguinhos não dá o menor sinal de cansaço. Faz solos espetaculares na sanfona e canta com voz firme e cheia de energia. Alegre, lembra histórias dos seus mais de 50 anos de estrada. Conta uma bronca bem-humorada que recebeu de Gonzagão e fala do apelido carinhoso de Neném, que tinha antes de ser rebatizado artisticamente pelo padrinho seu Luiz.

As 37 faixas escolhidas para o DVD Ao Vivo conseguem retratar bem a carreira de Dominguinhos. Em “Hora do Adeus”, “Respeita Januário” e “Forró no Escuro”, por exemplo, reverencia seu grande mestre e professor Luiz Gonzaga. Os parceiros de composição são homenageados em “Feira de Mangaio”, “Lamento Sertanejo”, “Retrato da Vida”, “Plantio de Amor” e “Pedras que Cantam”.

A generosidade e a devoção que Dominguinhos tem com os amigos ficam claras quando ele cede o palco para Renato Teixeira cantar “Romaria” e “Amizade Sincera” e para o afilhado Waldonys tocar uma versão instrumental de “Bicho de Sete Cabeças”. Na lista de clássicos tem também “De Volta pro Aconchego”, com a participação de Elba Ramalho, e “Eu Só Quero um Xodó”, que ele canta ao lado da filha Liv Moraes, e “Tenho Sede”, que ele divide com Cezinha do Acordeom.

Entre uma música e outra, Dominguinhos ainda manda um recado sincero e bem-humorado a empresários, músicos e quem mais precisar ouvir: “Forró pode ter tudo, contrabaixo, guitarra, bateria, mas, se não tiver triângulo, zabumba e pandeiro, não é forró. Senhores diretores de banda, botem uma zabumbinha que fica rendondinho”. Não por acaso, em um comentário posterior sobre o DVD gravado, o próprio Dominguinhos comenta: “Está aí um trabalho honesto como a música nordestina.”


VIDA DE DOMINGUINHOS (por João Cícero):
José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 1941 e começou a tocar e compor aos oito anos de idade, passando pela sanfoninha de 8, 48, 80 e 120 baixos.

Em 1950, conheceu Luiz Gonzaga, indo para o Rio de Janeiro em 1954 e ganhou do Rei do Baião uma sanfona de presente. Em seguida, enfim, passou a fazer parte da vida de Luiz Gonzaga, tendo gravado, inclusive, no ano de 1956, o seu primeiro CD com o Rei do Baião.

Em 1964 gravou o primeiro LP na Cantagalo de Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo. Passou pelas gravadoras: Polygram, RCA (hoje BMG), Continental, RGE e atualmente Velas, tendo mais de quarenta discos entre LP’s e CD‘s. Como músico já atuou com outros grandes nomes da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, etc.

Como autor tem gravado com quase todos os nomes da MPB, tendo canções como “Eu Só Quero Um Xodó” (Dominguinhos/Anastácia), “Gostoso Demais” (Dominguinhos/Nando Cordel), “Lamento Sertanejo” (Dominguinhos/Gilberto Gil), “De Volta Pro Aconchego” (Dominguinhos/Nando Cordel), “Isso Aqui Ta Bom Demais” (Dominguinhos/Nando Cordel), “Tantas Palavras” (Dominguinhos/Chico Buarque), entre outras grandes composições deste grande artista ímpar da nossa música.

Um músico é a síntese de diferentes elementos como talento, inspiração, força de vontade, perseverança e oportunidade. Uma mistura que resulta em arranjos e harmonias. No caso de Dominguinhos, essa composição surgiu a partir da origem Nordestina, na luta por uma vida digna, do temperamento calmo e da disposição em assimilar novas informações. A isso juntaram-se os temperos brasileiros tradicionais, as pitadas de sonhos modestos que habitam o mundo do povo.

Ao lado da identificação com as imagens, Dominguinhos exerce seu ofício tocando também outros ritmos. Talento e a habilidade lhe garantiram autonomia para trilhar diversas veredas musicais, sem que, no entanto, isso tenha significado abandono de suas raízes essencialmente nordestinas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Meketréfe no Fulô e no Clube do Rocha hoje

Pessoal,
não se esqueçam:
HOJE, sexta-feira dia 23, NÃO TEM FORRÓ ISPILICUTE!
Mas ninguém vai ficar órfão de forró.
Às 20h, a nova formação do Meketréfe faz um pocket show no Restaurante Fulô do Sertão, na 404 Norte.
Às 22h mais ou menos eles seguem para o Clube do Rocha, (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Próxmo à Agepol - na beira do Lago!), onde vão dividir a animação com o Raízes do Sertão.
Ingresso: R$ 10.

Não percam!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Meketréfe e Juriti voltam a Brasília!!




Arena do Forró: Juriti lança CD e convida Meketréfe com nova formação

Esta semana será mais que especial para os forrozeiros de Brasília. Dois grupos muito queridos pelos brasilienses fazem estreias no palco do Arena do Forró depois de meses sem vir à capital. Quem vai comandar a festa é o Trio Juriti, lançando o segundo CD da carreira, “Cara a Cara”, gravado com a participação de Elba Ramalho, Dominguinhos e Dio de Araújo. Para completar, o Meketréfe, recorde de público em todas as apresentações e que não aparecia por aqui desde junho, volta com novo vocalista. Vinicinho, antigo zabumbeiro dos 4 Mensageiros e do Forrobodó, entra no grupo para trazer ainda mais energia ao Meketréfe.

Serviço:
Quinta-feira (22/10)
Trio Juriti (SE), lançando CD, e Meketréfe (SP) - forró pé-de-serra
Arena do Forró - Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: 21h
Entrada: R$ 15
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br
CI: 18 anos

Conheça os grupos:
Trio Juriti (SE):
O verdadeiro ritmo do Nordeste tocado e cantado por jovens sergipanos que têm o forró correndo nas veias

O destino de Mestrinho (sanfona), Thaís (voz e triângulo) e Scurinho (zabumba) não poderia ser diferente. Os três nasceram em Aracaju-SE e desde pequenos convivem com o autêntico forró pé-de-serra. Os dois irmãos Mestrinho e Thaís são filhos do cantor e sanfoneiro Erivaldo de Carira e netos do tocador do acordeom de oito baixos Manézinho de Carira. O terceiro membro do grupo também tem o talento no sangue. Scurinho Zabumbada é filho de outro grande cantor e sanfoneiro conhecido nas terras do Sertão como Ararão do Nordeste.

A caçula do trio, Thaís, tem um jeito doce de menina, natural para seus 18 anos. Mas quando sobe ao palco, toca o triângulo e solta a voz, torna-se uma grande mulher e surpreende o público com seu timbre grave e forte. Seu maior exemplo é a saudosa rainha do Xaxado, Marinês, que pouco antes de morrer destacou o talento de Thaís. Em 2006, o grupo participou do 6º Festival Nacional de Forró de Itaúnas (ES) e foi considerado o trio revelação do ano.

A canção com a qual participou do concurso, Mais um dia sem te ver, foi composta pelos irmãos Mestrinho e Thaís e emociona a todos os que a ouvem pela forma delicada com que fala de amor. Em 2007, ela foi incluída no primeiro CD do trio, chamado Forró Irresistível . As 16 faixas têm produção de João Silva, compositor de grandes sucessos na voz de Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Jackson do Pandeiro e Trio Nordestino, também influências do trio sergipano.

Agora o trio volta a cantar músicas inéditas – de composições próprias, de João Silva e outros – no novo álbum Cara a Cara. O CD tem participações especialíssimias de Elba Ramalho, Dominguinhos e Dio de Araújo. Xaxado, xote, baião, para dançar coladinho ou para dançar até suar, o show do Trio Juriti é garantia de qualidade musical, com canções de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês e Dominguinhos, entre outros. Nesta semana, o público de Brasília poderá matar a saudade de assistir ao grupo sergipano que, como eles mesmos se definem, "bota o ferro pra derreter de uma maneira bem diferente".


Meketréfe (SP):
Ousadia no nome e na mistura irreverente do forró com o cavaquinho

Segundo o dicionário Houaiss, mequetrefe é um indivíduo intrometido, de caráter duvidoso, sem importância. Há quem diga também que seja uma gíria utilizada nos anos 30 pelos que dançavam tango. No dito popular, a palavra também se refere a alguém sem vergonha, safado, malandro, que sabe tirar proveito das coisas. Mas para quatro jovens de Campinas – SP o termo tem outro significado. Quer dizer sucesso, simpatia, alegria e animação.

Em 2006, Felipe Costa (Felipinho), e Diego Luis (Dilu) reuniram-se para tocar um ritmo que não estava tão presente na mídia. Ao contrário da maioria dos jovens de classe média da faixa etária deles – 23 anos -, que montam bandas de rock ao estilo Beatles, os três meninos de Campinas decidiram tocar forró pé-de-serra. No lugar de Kurt Cobain, Renato Russo ou Rolling Stones, os ídolos deles eram Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos. Quando perceberam o gosto comum, os amigos criaram o Meketréfe. "É o nosso jeito de ser, todo mundo tem um pouco de mequetrefe dentro de si. É um jeito espontâneo, alegre, meio malandro de ser feliz", conta Felipinho.

Pouco depois, Thiago dos Santos incorporou-se ao grupo e em 2009 Vinicinho assumiu a zabumba e o vocal. A nova formação permitiu uma mistura na qual, enquanto a sanfona de Felipinho, a zabumba de Vinicinho e o triângulo de Dilu remontam ao autêntico forró pé-de-serra, o cavaco de Thiaguinho dá o tom de samba ao inconfundível som dos mequetrefes paulistas. Não foi à toa que, em julho de 2007, eles foram os vencedores do 7º Festival Nacional de Forró de Itaúnas (Fenfit), o maior do país nesse estilo. "Às vezes a energia e a alegria em um palco valem muito e temos certeza que as pessoas sentem, porque música não é só tocar e sim sentir", acredita o jovem sanfoneiro.

No figurino, nas letras, nas apresentações, costumam exprimir o modo mequetrefe de ser, aquele jeitinho malandro que todo cidadão brasileiro carrega com muita honestidade. Eles explicam o que é ser mequetrefe na canção de forró sambado "Tô de Brincadeira", composta por Thiaguinho, logo após a vitória no festival de Itaúnas. O sucesso está no primeiro CD – gravado ao vivo em Campinas.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quinteto Dona Zaíra (SP) e DJ Lêu no Forró Ispilicute!

O Quinteto Dona Zaíra traz para o forró pé-de-serra um formato diferente, explorando novas possibilidades dentro do estilo. A exemplo dos grandes trios em suas melhores gravações, além da zabumba, triângulo e sanfona, adicionam o contrabaixo e o cavaco. O som do quinteto também sofre influência do samba e do choro, que se confundem com as origens do forró e dão um balanço especial ao grupo. Se destaca também o trabalho vocal do quinteto que se baseia em grupos como Demônios da Garoa e Quatro Ases e um Coringa.

Discotecagem: DJ Lêu (DF)


Serviço:
Quinteto Dona Zaíra e DJ Lêu - forró pé-de-serra
Forró Ispilicute, Sexta-feira - 16/10
Das 20h às 3h
Ingressos:R$ 10 até 22h / Depois, R$ 15 Ela e R$ 20 Ele
Local: Cota Mil Iate Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 2 )
* Desconto de R$ 5,00 vestindo a camiseta do evento.
Informações: www.forroispilicute.com.br ou 8442 3155
Classificação indicativa: 18 anos

ATENÇÃO:
<< Dia 23 e 24/10 - OCTOBER FEST - NÃO HAVERÁ FORRÓ ISPILICUTE - INFO: 3225 4489 >>

Trio Araripe no Arena

Nesta quinta-feira, 15 de outubro, o Arena do Forró vai ter mais uma grande noite de pé de serra, com o Trio Araripe - SP!

Quinta-feira (15/10)
Trio Araripe (SP) - forró pé-de-serra
Arena do Forró - Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: 21h
Entrada: R$ 15
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br
CI: livre

Agenda do Arena do Forró:
Dia 15 quinta-feira: Trio Araripe - SP
Dia 22 quinta-feira: Trio Juriti - SE e Meketréfe - SP
Dia 29 quinta-feira: Nivaldo do Acordeon e convidados
Dia 5/11 quinta-feira: Trio Dona Zefa - SP
Dia 7/11 sábado: Dominguinhos e Raízes do Sertão

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cópias do Por Amor ao Forró no Roots!!

Atenção para quem vai ao Rootstock:
estou mandando 10 cópias do filme Por amor ao Forró por amigos que vão na excursão de Brasília. Quem estiver interessado, procure o Lalá ou a Janaína de Brasília no Roots.

Aproveitem bastante o evento, com o Raízes do Sertão representando bem a capital federal por lá.

Beijos a todos e ótimo Roots para quem pode ir, snif, snif :/

Trio Kangalha (BH) no Ispilicute

09/10 - Trio Kangalha e DJ Lêu no Forró Ispilicute!

O Trio Kangalha (BH) é formado por três irmãos sergipanos que vivem em Belo Horizonte. Sem abrir mão das características do forró pé-de-serra que cresceram escutando, há 6 anos o trio difunde por todo o país a cultura nordestina. Formado por Kleiton (sanfona), Kleiber (zabumba) e Karenn (triângulo), o trio se destaca ainda pela presença da voz feminina no vocal.

Serviço:
Trio Kangalha e DJ Lêu - forró pé-de-serra
Forró Ispilicute, Sexta-feira - 09/10
Das 20h às 3h
Local: Cota Mil Iate Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 2 )
Classificação indicativa: 18 anos

NOVOS VALORES:
R$ 10 preço único até 22 horas. Após 22h, R$ 15 Ela e R$ 20 Ele
* Desconto de R$ 5,00 vestindo a camiseta do evento.

Forrobodó hoje e Bicho de Pé sábado no Arena

Mais aniversário do Arena do Forró: Forrobodó na quinta e Festa A Voz do Brasil no sábado

Nesta semana, o Arena do Forró continua comemorando seus 5 anos de existência, dessa vez com festa dupla! Quinta-feira tem o forró tradicional, cheio de gente bonita e muita animação, comandada pelo grupo paulista Forrobodó. O trio já esteve no Arena algumas vezes e vem estrear a nova formação, com Luiz Feijoli no triângulo e voz, Erivaldinho na sanfona e voz e Diego Oliveira, ex-Meketréfe, na zabuma e voz, em sua primeira apresentação com o Forrobodó em Brasília.

No sábado, dia 10, a festa é ainda maior e tem nome: A Voz do Brasil, já conhecida e admirada pelo público brasiliense. As bandas Bicho de Pé (SP) e Salve Jorge (DF) vão fazer uma mistura bem brasileira no palco do Arena, com muito xote, baião, xaxado, forró e samba.

Serviços:
Quinta-feira (8/10)
Forrobodó (SP) - forró pé-de-serra
Arena do Forró - Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: 21h
Entrada: R$ 15
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br
CI: 18 anos

Sábado (10/10)
Festa A Voz do Brasil
Atrações: Bicho de Pé (SP) e Salve Jorge (DF) - forró, MPB e samba
Arena do Forró - Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: 21h
Entrada: R$ 15
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br
CI: 18 anos

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Festival de Forró de Ilha Grande c/ data marcada!

Para quem perguntou, aí vai a boa notícia:

O Festival de Forró de Ilha Grande 2009 já está com data marcada. Vai ser de 16 a 20 de dezembro, com shows e competição à noite e atividades com entrada franca na área cultural (principalmente cultura local) e ambiental durante o dia. O grupo que organiza o evento está em busca de patrocínio e ainda não fechou a programação. O site deve estar no ar a partir da próxima semana.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Marinês e sua Gente no Correio Braziliense!

Quando cheguei em casa ontem, meu pai disse que tinha separado uma página do jornal de sábado para mim. Achei que fosse sobre algum assunto que eu tenho trabalhado, mas quando vi fiquei muito feliz. Mais uma vez o jornal Correio Braziliense aqui de Brasília deu espaço para nosso querido forró pé-de-serra. A capa do caderno de cultura foi sobre Marcos Farias, o filho da Marinês que mora aqui. Nem preciso dizer muito a respeito. Deem uma lida. Quem quiser ler a reportagem na página do jornal e ainda ouvir a música Vem ficar comigo, do disco Dedicado a vocês, de Sheilami (esposa do Marcos), clique aqui.

A GENTE DE MARINÊS
Herdeiros da eterna rainha do forró moram em Taguatinga e mantêm viva a pegada nordestina da sanfona, do triângulo e do zabumba
por Irlam Rocha Lima



O espírito alegre e festeiro de Marinês paira no ambiente de um apartamento do edifício Panorama, em Taguatinga Norte. Lá, ela é cultuada pela família Farias: Marcos, Sheilami, Davi e Emmanuel — filho, nora e netos da eterna rainha do forró —, que levam adiante o legado daquela que foi chamada por Gilberto Gil de “a grande mãe da música nordestina”.

Mesmo morando fora do eixo Rio-São Paulo, o sanfoneiro Marcos Farias é um dos mais requisitados produtores de discos do país. Seu nome pode ser visto no crédito de discos de artistas como Elba Ramalho, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Genival Lacerda e Mastruz com Leite, entre outros. Além disso, é convocado, com frequência, para acompanhar os “conterrâneos” em shows.

Ele assina, por exemplo, a produção de Grande encontro 3, CD e DVD com a participação de Elba Ramalho, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Mas foi com a mãe, também conhecida como “Luiz Gonzaga de saias” (apelido dado por Dominguinhos), que ele mais trabalhou nos últimos anos — tanto em estúdio quanto nos palcos da vida.

“Quando mamãe completou 50 anos de carreira, em 1999, produzi, junto com Elba, o álbum comemorativo, com a participação de Elba, Zé Ramalho, Geraldinho, Alceu (Valença), Genival Lacerda, Lenine, Chico César, Ney Matogrosso, Moraes Moreira e Margareth Menezes. O Gil iria tomar parte, mas na época, como estava com problema nas cordas vocais, ficou de fora. Mesmo assim, homenageou Marinês, escrevendo o texto de apresentação do disco”, lembra Marcos, filho do grande Abdias, ex-diretor da gravadora Columbia (atual Sony Music), que herdou do pai o gosto pelos teclados.

Marcos também produziu os últimos registros fonográficos da matriarca, o CD Marinês, hoje e sempre e o book-CD Marinês canta a Paraíba. “O disco, gravado com a participação da Orquestra Sinfônica da Paraíba, veio encartado no livro que focaliza a vida e a obra de minha mãe”, conta.

Carioca, criado no Nordeste, onde se tornou músico profissional, Marcos está radicado em Brasília há 10 anos. Aqui, casou-se com Sheilami em 1999 e logo em seguida montou um estúdio no Núcleo Bandeirante. Em 2004, depois de cumprir temporada de três meses em Nova York, como cantor e produtor, voltou ao Brasil. Seguiu para Fortaleza, contratado pelo estúdio Som Zoom. Ao retornar ao DF, foi morar em Taguatinga.

Marcos produziu, igualmente, discos de artistas brasilienses, entre os quais os do cantor Nilson Lima e o da banda de forró Zambumba Azul, além, é claro, os dois mais recentes da mulher, Sheilami. Orgulhoso da família, fala com entusiasmo dos filhos Davi e Emmanuel, que seguem os passos dos pais e dos avós. “A música e o forró estão no DNA dos dois.”

Responsável pelo espólio artístico da mãe, Marcos prepara-se para produzir o CD póstumo Gente de Marinês, o primeiro com músicas do repertório dela, morta em 2007. Porém, o projeto mais ambicioso é o memorial que pretende instalar em algum local de Brasília. “No memorial serão reunidas peças do acervo deixado por mamãe, como sua coleção de discos, as roupas e os adereços que usava nos shows, fotos, matérias publicadas por jornais e revistas e vídeos de programas de televisão”, adianta. “Todo esse material estará digitalizado e com acesso gratuito. Num pendrive o visitante poderá baixar o que lhe interessar para uso em pesquisa, por exemplo.”

Família musical


Filha de Zé do Norte, um dos pioneiros do forró na capital, onde esteve à frente de casas de shows no Conic, Pistão Sul e Ceilândia, Sheilami já havia iniciado a carreira artística quando conheceu Marcos Farias, com quem se casou há 16 anos. A cantora, que costuma fazer apresentações em cidades do DF, do Nordeste, e em São Paulo, tem seis discos gravados — os três primeiros produzidos por Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon, e os três últimos pelo marido.

Dedicado a vocês, o CD recente, acaba de ser lançado e é totalmente dedicado à obra de Dominguinhos. Entre as músicas gravadas estão parcerias do sanfoneiro pernambucano com parceiros como Fausto Nilo (Sem saída), Anastácia (Contrato de separação), Nando Cordel (Dedicado a vocês), Manduka (Quem me levará sou eu), Djavan (Retrato da vida) e Gilberto Gil (Lamento sertanejo).

“Na última faixa, Vem ficar comigo, outra composição de Dominguinhos e Nando Cordel, para minha alegria, conto com a participação de Marcos e dos meus filhos Davi e Emanuel”, comenta.

Davi, 15 anos, é o filho mais velho de Marcos e Sheilami. Estudante da sétima série do Colégio do Sesc, em Taguatinga Norte, é baterista e já acompanha o pai, desde o ano passado, em algumas apresentações. O irmão Emmanuel, do alto dos seus 8 anos, revela convicto que, embora tenha muito interesse por informática, quer seguir carreira musical. Toca guitarra e violão e vê o pai como exemplo. Sonha tocar com ele em shows.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tato do Falamansa com o Forró Lunar

No próximo domingo, dia 4 de outubro, o Forró Sol e Lua recebe um convidado especial. Além do Forró Lunar, banda residente do evento, Tato do Falamansa vai animar os forrozeiros assíduos do Caribeño.

O forró vai começar às 19h e os ingressos custam R$ 15 antecipados. A compra pode ser feita no próprio Caribeño ou no Macarrão na Rua, que fica na 208 norte.
Informações: 9220-7049

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Antes que alguém comente alguma coisa, este blog é democrático e pretende sim dar espaço a todo mundo que quer valorizar o forró pé-de-serra. Às vezes eu não falo de todo mundo porque não tenho tempo.
Minha cabeça mudou muito, um dia desses faço um post comentando o quanto aprendi nos últimos meses. O resumo: diga não ao radicalismo musical!!
Abraços a todos!

Arena do Forró completa 5 anos com festa o mês todo

No dia 30 de setembro, um dos forrós mais tradicionais e animados da capital completa 5 anos. Motivo para comemorar é o que na falta. Em Brasília, dificilmente um evento ou uma boate dura muito mais que um ano. As festas por aqui costumam ser sazonais, são moda quando aparecem e logo perdem a força, o público, e fecham. Com o Arena do Forró tem sido diferente.

Em 2004, um grupo de jovens universitários costumava se reunir após as aulas em um barzinho da capital para ouvir uma banda de forró que ainda estava no começo e nem sanfoneiro tinha, a Xote e o Mundo. O movimento cresceu e surgiu a necessidade de profissionalizar o grupo e aumentar o espaço. Foi aí que o produtor Gilson Mendes, que tem sangue nordestino correndo nas veias, resolveu procurar um lugar onde o forró pudesse ser apreciado com freqüência.

O Arena Futebol Clube, onde já havia eventos de música brasileira sexta-feira, era o local perfeito. O dono é pernambucano e adorou a ideia. Assim, desde o dia 30 de setembro de 2004, o forró de quinta-feira nunca falhou. A banda Xote e o Mundo era residente, mas depois vieram outros grupos de Brasília, como Trio Araçá, Forró Lunar, Pé de Cerrado (que sempre teve uma parte do repertório forrozeiro), Trio Balanceado, Raízes do Sertão. Além deles, praticamente todos os grupos do cenário forrozeiro do Sudeste já passaram pelo Arena, mesmo no início da carreira.

De lá pra cá, o tradicional forró de quinta-feira já se estendeu para alguns sábados, teve Arraial, festas especiais. Sempre com convidados ilustríssimos, como Dominguinhos, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste, Santanna o Cantador, Bicho de Pé, Mestre Zinho, Trio Xamego e por aí vai. Mas tendo data especial ou não, toda quinta-feira os forrozeiros de Brasília estão lá no Arena do Forró, apreciando e cultivando o verdadeiro pé-de-serra.

Para comemorar mais um ano de tradição, o Arena do Forró resolveu fazer um mês de festa. Em outubro, grupos que fizeram parte dessa bonita história voltam a tocar naquele palco tão democrático que aceita até misturas com reggae, samba e chorinho.

Para começar, no dia 1º de outubro, a festa é de Brasília. Todos os grupos da cidade que mantêm alguma relação com o forró vão estar lá. Trio Araçá – que surgiu na capital e hoje vive em São Paulo -, Xote e o Mundo, Pé de Cerrado, Forró Lunar, Trio Balanceado, Raízes do Sertão, Caranova, Trio Forró do Bom e outros convidados do chorinho e do samba vão misturar tudo no palco. Zabumbeiro de um com sanfoneiro do outro, forró, xote, baião com reggae e choro, enfim, tudo para fazer a festa que promete ser a mais animada de todos os aniversários, do jeito que o forró de Brasília merece.

A programação do resto do mês é a seguinte: Dia 8 de outubro – Forrobodó (com nova formação) e convidados; Dia 10 de outubro (sábado) - Banda Bicho de Pé e Salve Jorge; Dia 15 de outubro - Trio Araripe; Dia 22 de outubro - Trio Juriti (lançamento do CD) e Meketréfe (de volta com nova formação).

Serviço:
Festa de 5 anos do Arena do Forró
Quinta-feira (1/10)
Trio Araçá, Forró Lunar, Raízes do Sertão, Trio Balanceado, Xote e o Mundo, Zabumbazul, Paulinho do Forró e convidados
Local: Arena Futebol Clube – Setor de Clubes Sul trecho 3
Horário: 21h
Entrada: R$ 15 - R$ 10 com o nome na lista do site www.arenadoforro.com.br
Classificação: 18 anos
Informações: www.arenadoforro.com.br e 9982-0123

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Faiscada completa 6 anos...

Pessoal, recebi um e-mail do nosso queridíssimo amigo Leonardo Castro, o Leo Faiscada, lembrando que no dia 21 de setembro o Faiscada completaria 6 anos. Infelizmente, a última edição oficial foi no dia 17 de agosto de 2008, quando o Leo se despedia do Brasil para ir morar na Austrália, onde está até hoje.

Todo bom forrozeiro de Brasília - e muitos de fora que já passaram por aqui - vai se lembrar com saudades daquelas jovens e animadas tardes de domingo na casa dele. Música da melhor qualidade, ambiente agradável, pôr-do-sol... Cada um tem uma história pra contar. Abaixo, segue a dele.

"Lembrando...
Dia 21 de Setembro de 2003 começava o projeto mais lindo de todos: FAISCADA! Por acaso era na minha casa e tive o prazer e a responsbilidade de começar junto com o
Pezão, Chico, amigos e demos continuidade com tantos irmãos, Salve Salve Bruninho, Marcinho, Saviola, Liane, Willian, Will,James,Dri.. Cia... Nunca é demais lembrar e
relembrar desses momentos e dessas pessoas! Foram 5 anos nas tardes de Domingo que marcaram muito a minha vida e a vida de tantos!

Lembrar não custa nada, né! Mas lembrar de tantos tantos momentos com Trio Perfumado, Trio Araça, Marines, Trio Nordestino, Os Tres do Nordeste, Trio Juazeiro, Mestre Zinho, Trio Xamego, Os 4 mesnageiros, Ratinho com Trio Jerimum, Trio Classe A, Pinto do acordeon, Duani e tantoooooos e tantooooooss! Não tem preço!
Meu coração transborda de saudade!

Há 6 anos, direto do túnel do tempo...kkk

Muito amor!
Leo Castro"

O Meketréfe está de volta!

Vou aproveitar que arrumei um tempinho pra escrever aqui e dar uma notícia que já tô sabendo há um tempo, mas tinha me esquecido de contar pra vocês.

Há uns meses eu falei que o grupo Meketréfe tinha passado por um momento difícil, que o Diego, vocalista e zabumbeiro, tinha saído e eles estavam à procura de alguém pra substituí-lo, certo? Imaginei que seria difícil achar alguém com o perfil do grupo, animado, fuleiro (no bom sentido, meninos), com cara de mequetrefe e que ainda soubesse cantar, tocar zabumba e rebolar igual ao Felipinho, Tiaguinho e Dilu.

Mas quem diria! O 4º meketréfe estava bem ali, embaixo do nariz de todo mundo! Cara de mequetrefe, engraçado, rebolador, empolgado, zabumbeiro e com uma linda voz, o Vinicinho virou Meketréfe!! Sim, é aquele mesmo que era dos 4 Mensageiros e estava no Forrobodó. Agora, ele vai usar o chapeuzinho que transforma pequenos meninos brincalhões em sucesso absoluto. Calma, o chapéu não é mágico, é que eles têm muito talento mesmo, o figurino é só um acessório.

E aí vocês perguntam: e o Forrobodó?? Feijoli e Erivaldinho ficaram abandonados, tristes e morrendo de raiva? Nada disso! Adivinha quem vai substituir o Vinicinho no trio? Diego, ele mesmo, o que era do Meketréfe. Assim, o Forrobodó, que sempre foi conhecido pela qualidade musical e a animação dos meninos, continua um sucesso. Todo mundo saiu ganhando nessa história. E sem mágoas.

Ah, tem mais! Os dois grupos já têm data marcada para tocar em Brasília, no mês de aniversário do Arena do Forró. Dia 8 de outubro, chega o novo Forrobodó. Dia 22, tem o lançamento do CD do Trio Juriti (que saudade do Scurinho, a Thaís e o Mestrinho!) junto com o Meketréfe reformulado e cheio de energia. Afinal, fazia um bom tempo que eles não vinham por aqui, não é?

Quem quer matar a saudade, veja aqui o vídeo divertido que a produção deles fez, só pra dar água na boca. Sejam bem-vindos de volta, meninos!

Eu quero meu sertão de volta!

Olá a todos!
Continuo ausente por causa da correria do trabalho e por estar sem internet em casa, mas volto rapidinho com um texto/manifesto do produtor cultural Anselmo Alves, de março de 2008. Quem me enviou foi o leitor Nilson Araújo, que acompanha o blog lá de Pernambuco. Estão lembrados do texto que coloquei dizendo que poderia ser do Ariano Suassuna? Bem, o Nilson disse que na verdade aquele texto era uma resposta ao que está abaixo e foi escrito, na verdade, pelo jornalista/escritor/crítico musical José Teles, do jornal do Comércio, de Recife, não pelo poeta Suassuna.
O texto que motivou a discussão está aqui e realmente nos faz pensar bem no que está sendo feito com a cultura nordestina. E olha que quem reclama são os próprios nordestinos, o que reforça o sentimento dos forrozeiros do Centro-Sul. Leiam e comentem.
Beijão!

Eu quero meu sertão de volta!
Anselmo Alves

Nos últimos dez anos tenho viajado freqüentemente pelo sertão de Pernambuco, e assistido, não sem revolta, a um processo cruel de desconstrução da cultura sertaneja com a conivência da maioria das prefeituras e rádios do interior. Em todos os espaços de convivência, praças, bares, e na quase maioria dos shows, o que se escuta é música de péssima qualidade que, não raro, desqualifica e coisifica a mulher e embrutece o homem.

O que adianta as campanhas bem intencionadas do governo federal contra o alcoolismo e a prostituição infantil, quando a população canta "beber, cair e levantar", ou "dinheiro na mão e calcinha no chão" ? O que adianta o governo estadual criar novas delegacias da mulher se elas próprias também cantam e rebolam ao som de letras que incitam à violência sexual? O que dizer de homens que se divertem cantando "vou soltar uma bomba no cabaré e vai ser pedaço de puta pra todo lado" ? Será que são esses trogloditas que chegam em casa, depois de beber, cair e levantar, e surram suas mulheres e abusam de suas filhas e enteadas? Por onde andam as mulheres que fizeram o movimento feminista, tão atuante nos anos 70 e 80, que não reagem contra essa onda musical grosseira e violenta? Se fazem alguma coisa, tem sido de forma muito discreta, pois leio os três jornais de maior circulação no estado todos os dias, e nada encontro que questione tamanha barbárie. E boa parte dos meios de comunicação são coniventes, pois existe muito dinheiro e interesses envolvidos na disseminação dessas músicas de baixa qualidade.

E não pensem que essa avalanche de mediocridade atinge apenas os menos favorecidos da base de nossa pirâmide social, e com menor grau de instrução escolar. Cansei de ver (e ouvir) jovens que estacionam onde bem entendem, escancaram a mala de seus carros exibindo, como pavões emplumados, seus moderníssimos equipamentos de som e vídeo na execução exageradamente alta dos cds e dvds dessas bandas que se dizem de forró eletrônico. O que fazem os promotores de justiça, juízes, delegados que não coíbem, dentro de suas áreas de atuação, esses abusos?

Quando Luiz Gonzaga e seus grandes parceiros, Humberto Teixeira e Zé Dantas criaram o forró, não imaginavam que depois de suas mortes essas bandas que hoje se multiplicam pelo Brasil praticassem um estelionato poético ao usarem o nome forró para a música que fazem. O que esses conjuntos musicais praticam não é forro! O forró é inspirado na matriz poética do sertanejo; eles se inspiram numa matriz sexual chula! O forró é uma dança alegre e sensual; eles exibem uma coreografia explicitamente sexual! O forró é um gênero musical que agrega vários ritmos como o xote, o baião, o xaxado; eles criaram uma única pancada musical que, em absoluto, não corresponde aos ritmos do forró! E se apresentam como bandas de "forró eletrônico"! Na verdade, Elba Ramalho e o próprio Gonzaga já faziam o verdadeiro forró eletrônico, de qualidade, nos anos 80.

Em contrapartida, o movimento do forró pé-de-serra deixa a desejar na produção de um forró de qualidade. Na maioria das vezes as letras são pouco criativas; tornaram-se reféns de uma mesma temática! Os arranjos executados são parecidos! Pouco se pesquisa no valioso e grande arquivo gonzaguiano. A qualidade técnica e visual da maioria dos cds e dvds também deixa a desejar, e falta uma produção mais cuidadosa para as apresentações em geral.

Da dança da garrafa de Carla Perez até os dias de hoje formou-se uma geração que se acostumou com o lixo musical! Não, meus amigos: não é conservadorismo, nem saudosismo! Mas não é possível o novo sem os alicerces do velho! Que o digam Chico Science e o Cordel do Fogo Encantado que, inspirados nas nossas matrizes musicais, criaram um novo som para o mundo! Não é possível qualidade de vida plena com mediocridade cultural, intolerância, incitamento à violência sexual e ao alcoolismo!

Mas, felizmente, há exemplos que podem ser seguidos. A Prefeitura do Recife tem conseguindo realizar um São João e outras festas de nosso calendário cultural com uma boa curadoria musical e retorno excelente de público. A Fundarpe tem demonstrado a mesma boa vontade ao priorizar projetos de qualidade e relevância cultural.
Escrevendo essas linhas, recordo minha infância em Serra Talhada, ouvindo o maestro Moacir Santos e meu querido tio Edésio em seus encontros musicais, cada um com o seu sax, em verdadeiros diálogos poéticos! Hoje são estrelas no céu do Pajeú das Flores! Eu quero o meu sertão de volta!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dicas pra quem não vai viajar...

Sei que muita gente não vai poder viajar neste feriadão, então, vou deixar algumas dicas aqui:

Pra quem está em Brasília:
*Hoje, sexta-feira, tem Trio Caeté (SP) no Ispilicute (abaixo de tudo, coloco o release que fiz sobre eles).

*Segunda-feira, dia 7, vá ao desfile da Independência na Esplanada dos Ministérios exercer seu papel cívico (tá, essa é brincadeira, mas quem estiver animado...)

*Falando sério agora, na segunda-feira, dia 7, às 17h, vai ter um show do Falamansa na Granja do Torto, DE GRAÇA! Informações no site www.granja2009.com.br. Quem animar...

Pra quem está ou não em Brasília:
*Aproveite o feriado para conhecer melhor três grandes figuras que estão sendo muito lembradas neste ano: Luiz Gonzaga (o mestre que morreu há 20 anos, em agosto de 89), Jackson do Pandeiro (que faria 90 anos em agosto deste ano) e Patativa do Assaré ( o grande poeta nordestino que faria 100 anos em 2009). Pesquise músicas, história, filmes. Sugiro os sites Luiz Lua Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Palavrarte , respectivamente, e os livros Vida de Viajante: a Saga de Luiz Gonzaga, de Dominique Deyfrus; Jackson Do Pandeiro: O Rei Do Ritmo, de Fernando Moura e Antonio Vicente, e Patativa do Assaré: a Trajetória de um Santo, de Luiz Tadeu Feitosa (o único que li foi o do Gonzagão, que é muito bom mesmo).

Bom feriado a todos e divirtam-se com juízo!!

PS: Atenção forrozeiros de Brasília! Semana que vem tem Mariana Mello pela primeira vez no Arena e no Ispilicute. Não percam!!

Como prometido, abaixo o release do Caeté:

Trio Caeté (SP), o trio de 3 Diegos

Nesta semana, Brasília recebe um grupo de forró pé-de-serra que tem se destacado muito no circuito forrozeiro do Sudeste: o Trio Caeté (SP). Finalista do Festival de Forró de Itaúnas de 2009, o trio já era aposta de produtores e outros músicos muito antes do festival e agora apresenta-se no Arena pela primeira vez.

A palavra Caeté, tem origem indígena e significa raiz verdadeira, mata virgem, mato fechado ou verdadeiro. Não é mera coincidência encontrar semelhanças entre o nome e o que representa o trio, que está ligado à pesquisa do que há de mais tradicional na música nordestina. De Luiz Gonzaga a Trio Nordestino, Assissão e Jackson do Pandeiro, o grupo faz questão de valorizar as pérolas do forró.

Não só no título do trio o Caeté traz curiosidades. Coincidência ou não, os integrantes do grupo têm o mesmo nome: Diego. Para não dar confusão, eles resolveram usar os apelidos para diferenciá-los. Assim, o zabumbeiro, Diego Pinheiro, caçula do grupo com 18 anos, ficou Amendoim. Diego Gonçalves, 23 anos, vocalista e trianglista, passou a ser chamado só de Carioca. E o sanfoneiro Diego França, 27 Anos, ficou conhecido como Roxinho.

Os Diegos do Trio Caeté têm feito shows por diversos estados do Brasil e reforçado o posto de promessa da nova geração do forró pé-de-serra. Nas apresentações em Itaúnas, em julho deste ano, fizeram bonito e ganharam mais admiradores e contratos para shows. No de Brasília, pretendem mostrar por que merecem os elogios e como se faz música com raiz verdadeira.

Serviço:
Sexta-feira (04/09)
Trio Caeté (SP)
Local: Forró Ispilicute - Clube Cota Mil, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: 20h30
informações: www.forroispilicute.com.br

Camping Roots chegou & Por Amor ao Forró em Curitiba!

Pessoal, em primeiro lugar peço desculpas pelo sumiço. Comecei em um trabalho novo e quase não tenho tido tempo de usar a internet...
Mas não deixei vocês na mão. Tenho coisas a dizer sim.
Bom, provavelmente hoje (sexta-feira) muitos dos forrozeiros do Sudeste e Centro-Oeste estão indo para Itabirito (MG), para mais um delicioso festival, o Camping Roots, curtir uma programação extraordinária de forró 24 horas por dia!

Eu disse que ia falar desse festival aqui, mas acabou não dando tempo. Peço mil desculpas aos amigos organizadores. Mas tenho certeza que vai ser um sucesso. Quem ainda não está com passagem comprada ou uma vaga em algum carro ou excursão (de Brasília vão sair uns 4 carros, não tem excursão), ainda dá tempo.

Esta é a segunda edição do festival organizada pelo "grande" amigo Ardyson, o Pequeno. Pra quem não lembra, ele é um dos mineiros que mais chamam a atenção ao dançar, aparece no filme Por Amor ao Forró várias vezes, sempre com um imenso sorriso no rosto. Enfim, essa figura querida é quem resolveu abraçar a ideia de fazer mais um festival para deleite de todos os apaixonados por forró, em Minas Gerais.

Quem quiser saber mais sobre o Camping Roots, passe no site do evento www.campingroots.com.br . Abaixo, coloco a programação completa.

Antes, explico por que, apesar de fazer tanta propaganda, não vou ao Camping Roots. Neste fim de semana, vou a Curitiba apresentar o filme Por Amor ao Forró no Congresso Internacional de Comunicação (Intercom). Nosso projeto foi escolhido para representar a UnB e o Centro-Oeste todo no prêmio Expocom do evento, na categoria Documentário em Jornalismo. Bom, mesmo se não ganharmos o prêmio, a viagem vai valer a pena para mostrar um pouquinho desse nosso mundo forrozeiro ao povo do Sul e de todas as regiões do Brasil que estarão lá representadas. Outra coisa bacana: Pra quem não sabe, Curitiba é a terra do pessoal da rádio on-line Forroots , vou tentar visitá-los. Mas que vou sentir muito por não estar forrozeando em Minas, isso vou.

Fiquem com a programação do Camping Roots:

* Mestre Zinho - AL
* Trio Xamego - SP
* Trio Juazeiro - BA
* Trio Marrom - SP
* Trio Juriti - SE
* Trio Dona Zefa - SP
* Trio Maracaia - SP
* Forrobodó - SP
* Pisamaneiro - SP
* Trio Classe A - MG
* Trio Rapacuia - RJ
* Trio Balancê - MG
* Trio Alvorada - SP
* Pisada Nordestina - ES
* Trio Sucupira - MG
* Trio Raiz - SP
* Democráticos - MG
* Trio Marajá - SP
* Trio Clandestino - MG
* Trio Araripe - SP

DJ Jader - ES
DJ Vinny - BH
DJ Edu The Point - RJ
DJ Xiita - BA
DJ Black - SP
DJ Tomate - RJ

sábado, 29 de agosto de 2009

Crítica de Ariano Suassuna sobre o forró atual

Está rolando um texto na internet atribuído a Ariano Suassuna e que tem dado o que falar. Não consegui descobrir onde ele foi publicado primeiro, mas o vi em vários blogs por aí. Quem me mandou foi minha amiga Joana Alencar. Vou publicá-lo aqui sem ter a real certeza de que foi ele mesmo que escreveu. Mas vale pela reflexão. Não vou comentar tanto o texto porque ele está muito claro, nem precisa. Só digo que me sinto feliz por fazer parte dos que ainda sabem valorizar o verdadeiro forró.
Peço os comentários de vocês, leitores. Concordam com ele?

Crítica de Ariano Suassuna sobre o forró atual

Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando- se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo est tico. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na plateia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna


Observação feita por Raquel Xavier Quirino, que enviou o e-mail para quem me mandou:

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (e deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou. (...)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cultura popular - Festival de Bonecos!!

Quem gosta de forró, gosta de cultura popular e de tudo que vem das raízes do nosso povo. Então, deixo aqui mais uma dica superbacana de manifestações bem brasileiras (e de outros países também) que estarão presentes no gramado da Funarte Brasília e no Teatro Plínio Marcos até dia 30. Tem teatro de bonecos, shows e muito mais. Tudo de graça!!

Abaixo, o release:

Funarte Brasília recebe VIII Festival Internacional de Teatro de Bonecos até 30 de agosto

A Funarte Brasília recebe, de terça (25) até domingo (30), o Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Brasília 2009. O evento busca fazer a síntese de diversas linguagens, desenvolvendo variadas manifestações da cultura popular. A grande novidade deste ano é a participação dos grupos internacionais, além de grupos do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal.

O evento contará, ainda, com as Casas dos Saberes, localizadas na Praça das Identidades Culturais, composta por 13 casas de taipa, dentro do espaço denominado Vila Cassemiro Coco. A Vila, montada na área externa do Complexo Cultural Funarte Brasília, é uma espécie de cidadela que abrigará uma série de atrações paralelas voltadas às manifestações de cultura popular, como oficinas de brinquedos artesanais, rodas de conversas, exposições de fotografias, cerâmicas, comidas típicas, roupas. Dentre as Casas dos Saberes, duas chamam atenção pelo nome e função: A "Casa Grávida" (ou das boas notícias), em que escritores e contadores de histórias darão "à luz" a contos, lendas, crendices populares; e a "Casa da Fofoca", espaço criado para receber a imprensa.

Também haverá a tradicional cozinha da roça, que todo ano serve café feito no fogão a lenha para quem passa pelo festival. O espaço contará, ainda, com uma capela intitulada Igreja de São Benedito, na qual artistas e visitantes podem fazer suas preces. São Benedito é o santo homenageado em uma das manifestações populares do Festival: o Tambor de Crioula, do Maranhão.


VIII Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Brasília

De 25 a 30 de agosto
Terça a domingo, a partir das 10 horas
Classificação indicativa: Livre
Entrada Franca

Local: Teatro Plínio Marcos e área externa
Endereço: Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural (entre o Centro de Convenções e a Torre de TV) - Brasília (DF)
Telefones: (61) 3037-8606 / 9658-7113

PROGRAMAÇÃO

Terça-feira (25)

Teatro Plínio Marcos
19h - Sobrevivendo - Lambe- Lambe (BA)
O Vestido - As Caixeiras (DF)
20h - MicroCircus/Manualist - Figurina/Hungria/Vila Cassimiro Coco

Quarta-feira (26)

Teatro Plínio Marcos
10h - Espalhando Sonhos - Seres de Luz (Argentina)
15h - Sopa - Cachiporra (Uruguai)
21h - Sopa - Cachiporra (Uruguai)

Tenda João Redondo
10h - Casamento de Chiquinha muito prazer filha do coronal João Redondo com Tião sem Sorte - Mamulengo Alegria (DF)
15h - Kruvikas - Kossa Nostra (Argentina)
20h - Babau - Clóvis (PB)

Circo dos Mamulengos
10h - Cassimiro Coco - Toni Bonequeiro (CE)
15h - Teresinha, história de amor e perigo - Teatro Filhos da Lua (PR)

Vila Cassimiro Coco
19h - A Dança do Parto - Lambe- Lambe (BA)
Priscila a Perereca - As Caixeiras (DF)
20h - João Redondo - Josivan de Chico de Daniel e Daniel Neto (PB)
22h - Forró - Asa Branca (DF)

Quinta-Feira (27)

Teatro Plínio Marcos
10h - Teresinha, história de amor e perigo - Teatro Filhos da Lua (PR)
15h - Historias para Imaginar - Cia. Comediantes Liberarte (Chile)
21h - Storie di Pulcinella - I Teatrini (Itália)

Tenda João Redondo
10h - Babau - Mamulengo Mulungu (DF)
15h - Pedro e o Lobo - Cia. Titeritar (DF)
20h - Circo AutoMóvel - Sorriso Feliz Criações Artísticas (DF)

Circo dos Mamulengos
10h - Benedito e o boi pintadinho - Pilombetagem (DF)
15h - Marmelada.com Histórias - Fábrica de Teatro (DF)

Vila Cassimiro Coco
19h - Dom Quixote - Lambe- Lambe (BA)
A Mensagem - As Caixeiras (DF)
22h - Dança do Lili - Grupo Kizomba (MA)

Sexta-Feira (28)

Teatro Plínio Marcos
10h - MicroCircus / Manualist - Figurina (Hungria)
15h - As aventuras de Cassimiro Coco - Cia. Calunga (PI)
21h - Cage - Collectif Detruitu (Bélgica)

Tenda João Redondo
10h - Exemplos de Bastião - Mamulengo Sem Fronteiras (DF)
15h - Sacy Pererê - Cia. Lumbra (RS)
20h - Kruvikas - Kossa Nostra (Argentina)

Circo dos Mamulengos
10h - A historia do vaqueiro Benedito na chapada do corisco - Mamulengo Fantochito (PI)
15h - Mamulengada - Aguinaldo Algodão (DF)
21h - Histórias de Lunas Calientes - Tatu Teatro (Uruguai)

Vila Cassimiro Coco
19h - O Bordel / Império dos Sentidos - Lambe- Lambe (BA)
19h - Ataque de Nervos - As Caixeiras (DF)
20h - Casamento de Chiquinha muito prazer filha do coronal João Redondo com Tião sem sorte - Mamulengo Alegria (DF)
22h - Boi do Seu Teodoro (DF)

Capela de São Benedito
20h30 - Tambor de Crioula de São Benedito (MA)

Sábado (29)

Teatro Plínio Marcos
16h - Sacy Pererê - Cia. Lumbra (RS)
21h - Circo de Madeira - Karromato (Republica Tcheca)

Tenda João Redondo
16h - Dom Chicote - Roupa de Ensaio (DF)
20h - Minha Favela Querida - Sorriso Feliz Criações Artísticas (RJ)

Circo dos Mamulengos
15h - Exemplos de Bastião - Mamulengo sem Fronteira (DF)
21h - Historias para Imaginar - Cia. Comediantes Liberarte (Chile)

Vila Cassimiro Coco
16h - Roda de Mamulengo (Mestre Clóvis (PB), Zé Lopes (PE), Mamulengo Presepada (DF), Bibiu (PE))
19h - Lambe-Lambe (BA)
O Bordel / Império dos Sentidos
Sobrevivendo
A dança do Parto
Dom Quixote
19h - As Caixeiras (DF)
Ataque de Nervo
O vestido
Priscila a perereca
A mensagem
20h - Festa de são sacode na fazenda do Manoel Pacaru - Zé Lopes (PE)
22h - Boi da Liberdade (MA)
Samba do Recôncavo (BA)
Cia. Artcum - Forró (DF)

Domingo (30)

Teatro Plínio Marcos
16h - Circo de Madeira - Karromato / Republica Tcheca

Tenda João Redondo
16h - Kruvikas - Kossa Nostra (Argentina)

Circo dos Mamulengos
16h - Salada de Palhaços - Circo Boneco e Riso (DF)

Vila Cassimiro Coco
15h - Lambe- Lambe (BA)
O Bordel / Império dos Sentidos
Sobrevivendo
A dança do Parto
Dom Quixote
15h - As Caixeiras / DF
Ataque de Nervo
O vestido
Priscila a perereca
A mensagem
15h - Folia do Divino / GO
Zé do Pife e as Juvelinas / DF (Cozinha da Roça)
16h - Orquestra PopularMenino de Ceilândia / DF
17h - Cassimiro Coco - Toni Bonequeiro / CE
18h - Samba do Recôncavo / BA

Apresentação de pífanos no CCBB. Último dia!

Pessoal,
desculpem-me por avisar tão tarde, mas vale a pena conferir.

Hoje é o último dia para assistir às apresentações de grupos de pífano - instrumento de sopro feito com bambu - pelo projeto epifanias do Centro Cultural Banco do Brasil. As bandas Cabaçal, Ventoinha de Canudos e Zé do Pife e as Juvelinas se apresentam às 13h e às 21h. A primeira sessão é gratuita e a outra custa R$ 7,50 a meia entrada.

Confira o release do evento:

Epifanias

Epifanias - do latim “epiphania” e do grego “epipháneia”. Significa aparição, manifestação divina, ou ainda festividade religiosa com que se celebra essa aparição. O projeto Epifanias se despede de Brasília na próxima terça-feira, dia 25 de agosto, quando sobe ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil mais uma atração. O último show do projeto receberá a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto para duas sessões, uma gratuita às 13h e outra às 21h com ingressos a R$ 15,00, a inteira. As bandas Ventoinha de Canudo e Jovelinas e Zé do Pife fazem participação especial.
A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto mescla intuição com modos ancestrais de dançar e imitar animais. No palco, o público poderá ouvir uma forma bem peculiar de tocar pífano e conhecer danças e trejeitos bem particulares que os diferencia de qualquer outra banda de pífanos. O grupo já gravou três discos: um compacto lançado pelo Ministério da Educação e Cultura em 1978; um disco gravado a pedido do Governo do Ceará em 1999; e Forró no Cariri, gravado no mesmo ano. O Cabaçal dos Irmãos Aniceto também já se apresentou ao lado de nomes como Hermeto Pascoal, do Quinteto Violado, além de ter participado do espetáculo Ciranda dos Homens, Carnaval dos Animais, do coreógrafo Ivaldo Bertazzo.

O projeto Epifanias
A ideia é do curador e idealizador do projeto, Alexandre Pimentel, que pretende traçar um painel sobre o pife ou pífano, instrumento utilizado em diversas manifestações musicais da cultura popular brasileira e que vem, pouco a pouco, resgatando e ampliando seu papel nas mais diferentes formações musicais. “Buscamos promover um encontro entre os mais significativos grupos e tocadores em atividade no país que desenvolvem trabalhos que tenham o pífano como instrumento fundamental”, afirma Alexandre.

Entre os convidados de Epifanias estão os mais experientes tocadores de pífanos, como o grupo de jovens Flautins Matuá e algumas tradicionais bandas de pífano do Ceará, Alagoas e Pernambuco. “Com este projeto, pretendemos dar continuidade ao trabalho de pesquisa que desenvolvemos sobre as origens e a importância de alguns instrumentos populares em nossa música, as suas diversas utilizações, as diferentes composições formais e regionais”, completa Alexandre, que também esteve à frente dos projetos Viola Brasileira (CCBB RJ/2000), Rabequeiros (CCBB RJ/2002) e Artesania Sonora (CCBB SP/2006).

Sobre o instrumento e as bandas de pífano
O pífano é um tipo de flauta, geralmente feito de taquara, ou taboca (espécie de bambu), mas que também pode ser de metal, osso de animais ou mesmo de PVC. É encontrado em três tamanhos: o chamado régua inteira, o três quartos e o meia régua. O som do pífano muda de acordo com o tamanho. Cada pífano tem, geralmente, sete orifícios, sendo seis para os dedos e um para os lábios (sopro). O segredo, tanto da confecção quanto da execução do instrumento é passado de pai para filho.

Alguns autores remontam as origens do pífano à herança indígena. Outros à época dos primeiros cristãos, que tinham no instrumento uma maneira de saudar a Virgem Maria nas festas natalinas. Na feição nordestina, a banda de pífanos é uma criação do mestiço brasileiro, que com sua criatividade e intuição musical adaptou o instrumental, dando-lhe a forma típica pela qual é conhecida. A banda de pífanos é um conjunto instrumental de percussão e sopro, dos mais antigos, característicos e importantes da música de tradição popular no Brasil.

Por toda a região Nordeste do Brasil e nos estados de Minas Gerais e Goiás são usados vários termos para denominar o conjunto: Banda de Pífanos, Banda de Pife, Música de Pife, Zabumba, Cabaçal, Esquenta-Mulher, Banda de Negro, Terno, Banda de Couro (Goiás), Musga do Mato, Pipiruí (Minas Gerais).

Assim como a sua denominação varia, a sua composição também tem sensíveis diferenças, mas seus instrumentos básicos são dois pífanos, um surdo, um tarol e um bombo ou zabumba. Em Pernambuco, normalmente é composta por dois pífanos, uma caixa, um bombo, um surdo e um tambor. Em Alagoas, além dos instrumentos básicos acrescenta-se um par de pratos e em certos grupos um triângulo e até um maracá – espécie de chocalho indígena – para maior sonoridade. No Ceará, geralmente também acrescenta-se prato e triângulo e em Sergipe o triângulo e o ganzá. Em Goiás, a Banda de Couro, com é chamada é composta por bombo, caixa ou tarol e viola.

Epifanias –25 de agosto, terça-feira, às 13h e às 21h. Ingressos para a sessão das 21h: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Sessão das 13h, grátis.
Informações: 3310-7081

Raízes do Sertão no Arena, quinta, dia 27

Nesta semana, os forrozeiros vão se sentir em casa no Arena do Forró. O quarteto brasiliense Raízes do Sertão – vice-campeão no Festival de Itaúnas de 2009 – é a atração única e especial da quinta-feira mais animada da cidade. Com uma história emocionante e vitoriosa, o grupo que saiu da periferia do Distrito Federal tem sido elogiado por produtores e forrozeiros de todo o país e ganhado cada vez mais espaço também na terra natal.

Quarteto Raízes do Sertão (DF), vice-campeão do Festival de Itaúnas de 2009: experiência em lidar com situações inusitadas

Quando começou, em 2006, o Raízes do Sertão era um quinteto, formado por violão, zabumba, viola, triângulo e percussão. A pedido de fãs e amigos e também com o interesse pelas origens do forró pé-de-serra, o grupo passou por transformações até chegar ao formato de hoje: triângulo (Rogerinho, também vocalista), sanfona (Vavá), zabumba (Lacraia) e bandolim (Carlinhos) - todos moradores de cidades satélites do DF, como Samambaia e Ceilândia.

As mudanças acompanharam a maturidade dos músicos, que passaram a ser cada vez mais respeitados pelo público da própria capital. Principalmente depois de um episódio, há cerca de dois anos, no maior estilo “males que vêm para o bem”: a queda de energia durante um show. Naquela situação, outras bandas poderiam guardar os instrumentos e ir embora, mas o profissionalismo do Raízes falou mais alto. Os meninos desceram do palco e animaram a festa no escuro mesmo, e sem microfones. Foi um sucesso.


Em abril de 2009, a cena se repetiu, dessa vez durante o festival Rio Roots, no Rio de Janeiro. A luz acabou quando o Raízes estava no palco, pronto para tocar. Mas eles já eram craques em tocar num legítimo "forró do apagão" e começaram a esquentar os instrumentos ali mesmo, baixinho. Com o pique que só os brasilienses têm a favor deles, não foi difícil fazer um forró animado na capela e contagiar os cariocas, paulistas, mineiros, baianos e capixabas que estavam no local.

Quando a energia voltou, o Raízes já estava com pique total e fez um show inesquecível e muito elogiado, que lhes rendeu o convite para tocar em São Paulo, no Forró de Magnata e no Remelexo Brasil. Em julho de 2009, o talento do quarteto foi reconhecido com um prêmio. Depois de apresentações inesquecíveis que levantaram o público de todos os estados, o Raízes do Sertão conquistou o título de segundo melhor grupo do Festival de Forró Itaúnas, o maior do estilo no país, uma competição entre 24 bandas selecionadas.

Em Brasília, eles têm público cativo que os acompanha em apresentações nos melhores forrós da cidade e em grandes eventos, como o Encontro do Nordeste. Com a bagagem cheia e a qualidade musical, o Raízes do Sertão já é revelação que tem feito história no meio forrozeiro de todo o país. No fim da semana, o grupo segue para Pirenópolis, para participar do ForróPiri.

Serviço:

Quinta-feira (27/08)

Raízes do Sertão (DF), 2º lugar em Itaúnas – forró pé-de-serra

Local: Arena do Forró – Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3

Horário: A partir de 21h

Entrada: R$ 15, descontos no site www.arenadoforro.com.br

Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br

CI: 18 anos